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quinta-feira, 12 de março de 2009

Em resgate à auto-estima

Por Soraya Leitão

A casa de recuperação Manassés foi fundada há 10 anos pelo pastor Marcos Manassés e conta atualmente com oito casas espalhadas pelo Brasil. No Ceará, a luta contra a dependência química através do estudo bíblico e do trabalho já está com cinco anos. A instituição não recebe apoio do governo ou de igrejas.

O ingresso a casa é feito a partir de uma entrevista, onde avaliam o desejo do dependente em mudar de vida. È feito um pedido de colaboração no valor de R$ 400 para as despesas iniciais, depois o tratamento é gratuito, caso a pessoa não tenha condições.

Após a aprovação, o dependente é encaminhado para um estado mais próximo, desligando de suas antigas atividades, por isso os que trabalham aqui são baianos e os que trabalham na Bahia são cearenses. Mas caso não haja vagas, o encaminhamento é feito para outra região. O tratamento tem duração total de nove meses.

O processo de recuperação visa o resgate da auto-estima, dignidade e religiosidade dos internos. A finalidade é ajudar pessoas carentes que querem sair do submundo das drogas, mas sozinhos não conseguem.

Os tratamentos oferecidos aos pacientes portadores da dependência química, levam em consideração a individualidade e necessidade de cada pessoa. Parte fundamental do tratamento é à busca dos valores éticos, familiares e emocionais, para motivar os pacientes a refazerem seus projetos de vida, adotando assim, hábitos saudáveis e produtivos.

Originais

Por Verônica Vasconcelos

Manassés é uma instituição que tem o objetivo de reabilitar dependentes químicos e recuperar a sua auto-estima. Segundo notícia divulgada no seu site no dia 03 de março a instituição alerta sobre os falsificadores em Fortaleza que estão usando o seu trabalho para tirar proveitos. Os “falsos Manassés” vendem canetas, pedem doações e colaborações dentro dos coletivos usando o nome da entidade, porém essas pessoas agem de má fé e utilizam os ganhos para manter seus vícios.

O seu trabalho, trouxe a credibilidade e a aceitabilidade dos fortalezenses, proporcionando aos jovens amparados pela instituição uma melhor condição de vida e a reintegração à sociedade.

A instituição social oferece internação para pessoas com problemas de dependência química, no intuito de reabilitá-los à sociedade e essas pessoas voltem a desempenhar suas atividades profissionais normalmente e seus valores morais sejam resgatados.

O tratamento tem duração de nove meses e a venda dos produtos e das doações é utilizada para sua alimentação e estadia no estado da sua internação, pois o dependente químico sai de um estado para fazer o tratamento em outro local. O dinheiro arrecadado também serve para ajudar a renda familiar desses jovens. Portanto, fiquemos atentos, pois os falsificadores estão por aí.

Libertação através do lado espiritual

Por Ada Vitoriano

A casa de recuperação Manassés tem conseguido libertar muitos jovens do submundo das drogas através da transformação espiritual, que é à base do tratamento. Por essa razão a instituição é procurada por muitas famílias que pretendem internar algum membro com problemas de dependência química, na intenção de que essa pessoa se reabilite perante a sociedade.

O local é atualmente ocupado por cerca de 30 jovens que se encontram em situações parecidas. Segundo o diretor da casa de Fortaleza, o baiano Tagner, a convivência com pessoas que estão passando pelo mesmo processo ajuda no tratamento individual do dependente. Porém, a base da recuperação no instituto é totalmente espiritual. Não há uso de qualquer tipo de substância química durante o tratamento, os jovens apenas se empenham em sua libertação através do reencontro com Deus.

Além de ser um centro de recuperação, o lugar funciona como uma espécie de igreja, onde acontecem por dia quatro encontros religiosos ministrados pelos diretores da instituição ou pelos membros mais antigos que são designados “obreiros”.

Preparados espiritualmente, os jovens saem às ruas para o trabalho de reintegração social. A venda de canetas nos transportes públicos além de aproximar os rapazes da comunidade, significa o sustento do lado financeiro da casa.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Reintegração Social

Por Karlos Emanuel Soares

Quando um jovem percebe que está perdido no mundo das drogas e decide pedir ajuda para se recuperar, ele encontra esse auxílio em Organizações Não Governamentais (ONG’S) que possuem casas de recuperação para dependentes químicos. No Ceará, uma das mais procuradas é a Casa de Recuperação Manassés, que possui oito centros espalhados pelo país e atende cerca de 100 jovens que buscam em sua força de vontade e na fé, um caminho para a recuperação.

E é nesta casa que Henrique Gonçalves, um baiano de 21 anos, busca a recuperação em seu tratamento contra o vício das drogas. Depois de ter sido muito apoiado pela mãe e ter recebido oferta de tratamento por parte de um cearense que mora na Bahia, ele resolveu ser ajudado: “Estava sofrendo demais, completamente perdido, roubando, passando fome, sendo humilhado, percebi que essa vida não estava dando pra mim, me ofereceram ajuda e eu aceitei”.

A rotina começa cedo, ele acorda às 04h30, reza em grupo, faz sua refeição e sai para as ruas, podendo retornar no máximo até as 22 horas, e ao voltar, se reúne mais uma vez com o grupo para fazer orações.

Henrique já está na segunda fase do tratamento. Já passou pela desintoxicação e agora está na reintegração social. Ele vende canetas doadas por ONG’S acompanhadas com textos bíblicos e/ou informativos. A arrecadação serve para ajudar na manutenção da casa. Ele faz parte de um intercâmbio que tem duração de nove meses, onde os jovens cearenses que buscam tratamento vão para a Bahia e os baianos vêm para o Ceará, numa forma de desvincular o jovem dos pontos de drogas de sua cidade e de diminuir os casos de desistência.

Em sua primeira abordagem ao público no ônibus, o baiano Henrique definiu como difícil: “Fiquei muito nervoso, tímido para falar o que eu era, mas Deus me iluminou, pois sabia que eu estava fazendo um trabalho que iria me reintegrar na sociedade e a ajudar também outros jovens que estão querendo sair do mundo das drogas”.

A receptividade dos passageiros varia, alguns aceitam o trabalho e acabam ajudando, outros vêm de outra forma, descriminam, entitulam de drogado, ladrão. Certa vez Henrique passou por um constrangimento, ao realizar seu trabalho, um rapaz mandou-o calar a boca. “Eu já estava tenso e fiquei mais ainda, mas continuei, as pessoas me deram força, dizendo para eu não dar atenção, por isso eu continuo com fé em Deus, permanecendo firme”.

Para ele, a casa de recuperação está sendo uma nova vida, é como se ele estivesse renascido. “Se for comparar o que eu era e o que eu sou hoje, mudou 100%”. Seus projetos sãos os de se manter na palavra de Deus, seguir a igreja, ser obreiro na instituição e poder ajudar outros jovens que irão chegar. Atualmente ele é instrutor e auxilia nos primeiros dias para os que começam a segunda fase do tratamento e sonha em se casar e construir uma família.

Para se internar, é necessário marcar uma entrevista e ser aprovado, os critérios avaliados são o desejo e a vontade de receber ajuda, para não atrapalhar o tratamento dos que querem realmente se tratar.

Serviço:

Casa de Recuperação Manassés

End: Rua Júlio Lima, nº. 205

Cidade dos Funcionários – Fortaleza – Ce

Tel: (0xx85) 3279-6073

MANASSÉS, BEM OU MAL VISTOS?

Por Bruna Gabriele

As vendas de canetas da instituição manassés dentro dos coletivos, desperta opiniões controversas

A instituição Manassés tem o objetivo de reabilitar dependentes químicos. A venda de caneta é feita dentro dos transportes coletivos na cidade de Fortaleza. Conforme os depoimentos dos usuários de ônibus existem opiniões diversas sobre o trabalho desenvolvido pela instituição.

Vanessa Lima, auxiliar administrativo das Faculdades Cearenses (FAC) diz: “Acho legal, aparentemente o trabalho é sério. Não me sinto incomodada, pelo contrário, ajudo-os, pois acho o trabalho muito edificador.” Já Raniele Silveira também auxiliar administrativo da FAC acrescenta: “Sempre compro as canetas mesmo sabendo que elas só duram uma semana, mas meu objetivo é ajudar”.

Porém existem pessoas que não conhecem o trabalho da instituição, mas que acreditam no trabalho voluntário, como o estudante de jornalismo Luiz Fernandes que afirma: “Não conheço o trabalho profundamente, mas acredito que se há um trabalho sério tudo é válido”.

Já Marcelo Brito estudante de jornalismo se sente incomodado em suas viagem e afirma: “É um trabalho humilhante, constrangedor, que de certa forma desvaloriza o trabalho feito por essa entidade. O usuário é agredido dentro do coletivo lotado, desconfortável e quase obrigado a permanecer com os objetos vendidos em mãos”.

Segundo a instituição é normal ter essas diversidades de pensamentos em relação ao seu trabalho, mais isso não abala e nem intimidará a continuidade dele.